Lição 12 — Precursores dos eventos finais — Comentário da Lição da Escola Sabatina
Publicado em 13 de junho de 2025 por Ligado na Videira
Sábado — Precursores dos eventos finais.
Nós precisamos ser corajosos diante das coisas que estão para acontecer. Quando olhamos para a angústia de Jacó, percebemos que foi uma experiência terrível. Quando olhamos para a profecia, percebemos que virá uma angústia muito maior. Então, nós precisamos ser corajosos diante das coisas que Deus revelou que vão acontecer.
Bem, onde está a fonte de tanta coragem? — É sobre isso a Lição desta semana. E é isso que vamos considerar a partir de agora.
Antes, porém, um flashback: Semana passada, através de duas belíssimas histórias, vimos coragem, fé, e confiança em Deus. Vimos isso na vida de Rute, ao sair de Moabe e ir morar em Belém, Israel. Vimos Deus agindo em favor dessa jovem mulher. Também vimos isso na vida da rainha Ester, nascida no cativeiro, mas convicta ser de Israel — uma autêntica israelita. De igual forma, vimos Deus agindo em favor dessa jovem mulher, e de Seu precioso povo.
Irmãos, esse cuidado manifestado por Deus é “chave” para a compreensão profética. Como diz o título da Lição, são “precursores dos eventos finais”. Virão dias difíceis, mas, olhando para o passado, nada temos a temer quanto ao futuro. Absolutamente, nada. Deus nunca e nem jamais abandona aqueles a quem Ele chamou. Caminhou com aqueles do passado — caminhará conosco até a consumação dos séculos.
Domingo — Daniel 2 e a interpretação historicista.
Em Daniel 2, temos o famoso sonho de Nabucodonosor. Nesse sonho, através de uma estátua, Deus revelou para a humanidade como seria a história das nações, até o Dia da segunda vinda de Cristo Jesus.
Daniel 2 é a estrutura profética da Bíblia. É entendendo esse capítulo que passamos a entender todos os demais capítulos de Daniel, e todos os capítulos de Apocalipse. Daniel 2 é a “chave”.
Percebam: cabeça, peito e braços, cintura, pernas, e pés — ouro, prata, bronze, ferro, e ferro com barro — Babilônia, Média-Pérsia, Grécia, e Roma. Nações históricas, uma sucedendo a outra; sendo que a sucessora sempre é de menor valor — ou seja, o sistema humano nunca melhora.
Paralelo a isso, foi lançada uma Pedra (não por mãos humanas) — uma Pedra que bate nos pés da estátua, e acaba com essa história de sucessões malsucedidas. A Pedra é o único Reino eterno. E nós pertencemos a esse Reino.
Bem, o nome disso é “interpretação historicista”. Deus acompanha a história da humanidade. Deus age na história das nações e de seus habitantes. A Terra foi criada por Deus e nunca deixou de ser de Deus. Embora um inimigo tenha vindo plantar joio, Deus nunca perdeu o domínio. Ele nunca deixou de ser Deus.
Agora, uma primeira pergunta: Em qual parte da estátua nós estamos? — Resposta: Na unha do dedo minguinho (também chamado de mindinho).
Segunda e última pergunta para hoje: E Deus? Onde Deus está? — Resposta: Ele está conosco. Ele acompanha a nossa história. Ele age em nossa história. Ele é eternamente Emanuel.
Segunda — Adorando a imagem.
Anos depois de Daniel 2, veio Daniel 3. Quantos anos entre esses capítulos? Certinho certinho, não sabemos; porém, deve ter sido próximo a 20 anos.
Daniel 2 foi em 603 a.C., logo após a primeira invasão. Depois ocorreu a segunda, em 597. Por fim, em 586. Daniel 3 deve ter sido após 586, quando a vitória sobre Jerusalém foi avassaladora. Não sobrou pedra sobre pedra. O Templo de Salomão foi totalmente desmantelado. E diante de vitórias também sobre outras nações, Nabucodonosor deve ter se sentido o top do top. Deve ter pensado: “O Deus de Daniel disse que eu sou a cabeça de ouro. Eu vou provar para Ele que eu sou a estátua toda de ouro. E, em minha homenagem, vou fazer uma estátua bem grandona, completamente de ouro, e vou exigir que todos se ajoelhem diante dela, em obediência ao assim diz o rei”.
Irmãos, existem detalhes muito lindos nessa história. Se explorados, dariam muitas semanas de estudo. Porém, vamos nos ater unicamente ao fato de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego terem tido coragem de não se ajoelhar segundo a ordem de um rei mundano. Mesmo podendo olhar para a estátua e para a fornalha, olharam para Deus, e isso fez com que jamais passasse na mente deles trocar o centro de sua adoração. Jamais!
O que eles fizeram foi se ajoelhar perante Deus antes de se dirigirem ao local. Colocaram nas mãos de Deus as suas vidas, e, no momento oportuno, expressaram um dos versos mais impactantes da Bíblia: “¹7 Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei. ¹8 E mesmo que Ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou”.
Irmãos, nós sabemos a história inteira. Eles não sabiam. A coragem que manifestaram, portanto, é de cair o queixo. Foi fidelidade ao grau máximo.
Pergunto: Quando estaremos face a face com a estátua feita em Babilônia? E, quando esse dia chegar, qual será a nossa resposta?
Terça — Adorando a imagem — novamente.
Deem uma olhadinha nessa profecia de Apocalipse 13: “¹¹ Vi ainda outra besta emergir da terra (a primeira emergiu do mar). Tinha dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. ¹² Ela exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal havia sido curada. ¹³ Também opera grandes sinais, de maneira que até faz descer fogo do céu sobre a terra, diante de todas as pessoas. ¹4 Seduz aqueles que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que foi ferida à espada e sobreviveu. ¹5 E lhe foi concedido poder para dar vida à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta. ¹6 A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa, ¹7 para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome”.
Sabem o que isso significa? — Não?! Não se preocupem, eu vou contar. — Já sabem?! Okay. Mas eu vou contar mesmo assim. Irmãos, Deus, que sabe de tudo, inclusive do futuro, está nos dizendo que o mundo está preparado para adorar a besta. É um caminho largo, e todos estão sendo doutrinados para seguir tal caminho. E como nós estamos no mundo, mas não somos do mundo, carecemos adquirir coragem para não andar nessa direção, e não obedecer ao falso profeta. Carecemos manter a fidelidade a Deus até à morte.
Mas, irmãos, como nós vamos adquirir tal coragem? Onde está a fonte? — Querem uma resposta certeira? A fonte está na direção do olhar de Sadraque, de Mesaque, e de Abede-Nego, que foi a direção olhada por Rute e Ester também. Para onde eles olharam? Vocês sabem? Então, olhem exatamente para onde eles olharam. Olhem para o Único que é digno de adoração.
Em Apocalipse 17:14, João escreveu: “O Cordeiro … vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; serão vencedores também os chamados, eleitos e fiéis que estão com o Cordeiro”.
Quarta — Perseguição à igreja apostólica.
O evangelho deveria ser pregado nessa ordem: primeiro em Jerusalém; depois, no restante do país; depois, nos países vizinhos; por fim, no mundo inteiro. Para que isso acontecesse, Deus usaria uma “serva”: a perseguição. Isso mesmo! Para tirar os evangelistas da zona de conforto, a perseguição faria um grande serviço para Deus.
O problema é que, junto com a perseguição, vem a tristeza, vem a dor. Não é fácil não! Humanamente falando, dói demais. Porém, se é para a glória de Deus, bem-aventurada seja a perseguição, e mesmo a morte.
Bem, na história para hoje, o Herodes que havia decapitado João Batista aproveitou o marketing político e mandou matar o discípulo Tiago também. E vendo que isso lhe trouxe prestígio, prendeu nosso querido Pedro. Enquanto isso, a igreja orava.
Miraculosamente, um anjo foi na cadeia para libertar Pedro, e este, agora livre, foi ao encontro da igreja que orava. E, aqui, devemos ser bastante honestos: para Boaz se casar com Rute, Malom teve que morrer primeiro; Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram ilesos da fornalha ardente, mas João Batista teve a cabeça separada do corpo. Portanto, não deveríamos supor que a “chave” é a libertação das tristezas da vida, mas, sim, a fidelidade a Deus. Não é achar que as nossas orações serão atendidas conforme o que pedimos e no tempo que pedimos, mas, sim, em estar em oração.
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados… Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados são vocês quando, por Minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos Céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês”.
Bem-aventurado Sermão da Montanha!
Quinta — A marca da besta.
Agora, indo para o final da Lição, falemos da “marca da besta”.
Irmãos, tempos atrás, tinha gente que achava que a marca da besta seria igual a um carimbo que fazia uma marca invisível no braço de quem entrava na Disneylândia, e que só uma máquina especial, no portão de cada brinquedo, conseguia ver tal carimbada. Depois, acharam que a marca da besta era o código de barras. Depois, um chip implantado no corpo. Mais recente, uma vacina com micro elementos de não sei o quê. Ah! Me lembrei de mais uma: já ouvi dizer que estava marcado pela besta quem possuía CPF. Por essa lógica, o mundo estaria salvo, mas os brasileiros não, pois CPF só tem no Brasil.
Irmãos, o centro do grande conflito é a “adoração”. Essa adoração é manifestada de várias maneiras. Uma delas é dobrar os joelhos em sinal de reverência; outra, é a obediência.
Deus disse “faça isso”, e nós obedecemos. Essa obediência significa que nós O adoramos.
A besta diz: “Não. Não faça como Deus mandou que fosse feito. Faça do jeito que eu estou mandando”. Nesse caso, quem obedece a besta não está obedecendo a Deus. Se não está obedecendo a Deus, não está adorando a Deus. Está, isso sim, obedecendo e adorando alguém que está se colocando no lugar de Deus — e isso é se desligar da Fonte de Vida — isso é morte.
Bem, a desobediência é a marca da besta. Já a obediência, esta é o selo de Deus, o sinal de Deus.
Isso tem a ver com a guarda do sábado versus a guarda do domingo? Sim, tem a ver. Mas também tem a ver com a honestidade versus a desonestidade; a verdade versus a mentira; a vida em Cristo versus a vida no mundo.
Irmãos, nós somos convidados por Deus a dar esse alerta ao mundo. Nós temos o privilégio de saber desse assunto e poder contá-lo para as pessoas. Então, vamos lá! Deus está conosco!!!
Sexta — Conclusão.
“Está precisamente diante de nós o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. Antes mesmo de sobrevir ao mundo a última grande destruição, os lisonjeiros monumentos da grandeza humana serão reduzidos a pó. Os retribuidores juízos de Deus abater-se-ão sobre os que, em face de grande luz, continuarem em pecado. São construídos edifícios suntuosos, supostamente à prova de fogo. Como, porém, Sodoma pereceu nas chamas da vingança divina, assim essas imponentes estruturas se transformarão em cinzas. Tenho visto navios que custaram imensas somas de dinheiro lutarem com o poderoso oceano, procurando enfrentar as ondas enfurecidas. Mas, com todos os seus tesouros de ouro e prata e com toda a sua carga humana, afundaram-se na sepultura aquosa. … Em meio, porém, do tumulto da agitação, com confusão em toda parte, há no mundo uma obra a ser feita para Deus” (Maranata, O Senhor Vem!, pág. 173 — Meditação Matinal de 16/06/1977)
Deus nos abençoe.
Carlos Bitencourt / Ligado na Videira