COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

Segundo Trimestre de 2025

ALUSÕES, IMAGENS E SÍMBOLOS
Como Estudar a Profecia Bíblica

Lição 9 – Nos Salmos – parte 2

Destaques do Pastor Eber Nunes #?lesadv

Embora os Salmos sejam na maioria das vezes usados como cânticos e orações devocionais,

eles também contêm mensagens proféticas poderosas, especialmente sobre o Messias, o reino

de Deus, o juízo final e a restauração futura.

Algumas profecias específicas sobre o Messias nos Salmos:

1. Salmo 2:7 (Mt 3:17): Deus declarará o Messias, seu Filho;

2. Salmo 8:6 (Hb 2:8): todas as coisas serão postas debaixo dos pés do Messias;

3. Salmo 16:10 (Mc 16:6-7): Ele ressuscitará;

4. Salmo 22:18 (Mt 27:35-36): lançarão sorte pelas Suas vestes;

5. Salmo 34:20 (Jo 19:32-33, 36): nenhum dos Seus osso será quebrado;

6. Salmo 35:11 (Mc 14:57): Ele será acusado por testemunhas iníquas;

7. Salmo 40:7-8 (Hb 10:7): Ele virá para fazer a vontade de Deus;

8. Salmo 41:9 (Lc 22:47): Ele será traído por um amigo;

9. Salmo 45:6 (Hb 1:8): Seu trono será eterno;

10. Salmo 68:18 (Mc 16:19): Ele se assentará à destra de Deus;

11. Salmo 69:21 (Mt 27:34): Ele receberá fel e vinagre para beber;

12. Salmo 72:2-4 (Lc 4:17-19): Ele julgará com justiça e equidade;

13. Salmo 78:2 (Mt 13:34): Ele falará em parábolas;

14. Salmo 109:4 (Lc 23:34): Ele orará a favor dos Seus inimigos;

15. Salmo 110:4 (Hb 5:6): Ele será um sacerdote semelhante a Melquesideque;

16. Salmo 118:22 (Mt 21:42): Ele será uma pedra angular.

Alguns Salmos falam do fim dos tempos, do juízo de Deus, e da restauração plena da criação:

? No Salmo 96 está profetizado que Deus vem julgar a terra com justiça;

? No Salmo 98 está profetizada a alegria porque o Senhor vem reinar;

? No Salmo 110 está profetizado o domínio final do Messias sobre os inimigos;

? No Salmo 2 está profetizado o juízo sobre as nações e o reinado do Filho.

Alguns temas dos Salmos reaparecem em Apocalipse:

? O cântico de louvor ao Rei (Sl 96, 98, 100; Ap 5, 7, 19);

? O Juízo sobre as nações (Sl 2, 9, 96; Ap 6, 14, 19);

? O Cordeiro vencedor (Sl 23; Ap 7, 14, 22);

? O reino eterno (Sl 145; Ap 11:15).

Os Salmos não são apenas poesia ou oração, eles também são profecias disfarçadas em

canções, proclamações do Messias, e anúncios do juízo e da vitória de Deus. Os Salmos

olham para o futuro com esperança.

Socorro bem presente nas tribulações

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações… Não temeremos

ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares” (Sl 46:1 e 2).

? O Salmo 46 é atribuído aos “filhos de Corá”, que eram levitas (1º Cr 6:16, 22)

responsáveis pela música no templo. Essa informação pode explicar a referência ao

templo como “o santuário das moradas do Altíssimo” (Sl 46:4);

? De acordo com este Salmo, os perigos encontrados nesta Terra são de natureza dupla.

Eles não são apenas de ordem natural. Montanhas também são abaladas (Sl 46:3), e

montanhas são removidas para o meio do mar (Sl 46:2). Os perigos cataclísmicos

também são devidos ao ataque violento de inimigos humanos, como vemos na frase,

“bramam as nações”. Sua fúria catalisa um movimento paralelo que culmina no colapso

de todos os reinos terrestres (Sl 46:6);

? Em resposta ao duplo ataque da natureza e das nações, o povo de Deus responde com

uma defesa dupla tanto da criação quanto de Deus. Por um lado, o rio da cidade de Deus

traz alegria (Sl 46:4), evocando as águas curativas da Nova Jerusalém e os rios que

fluíam do Jardim do Éden (Gn 2:10). Essa imagem é retomada no livro do Apocalipse

para descrever a Nova Jerusalém (Ap 22:1). Por outro lado, Deus está diretamente

envolvido: Ele, que está no meio da cidade santa (Sl 46:5), é chamado de “nosso refúgio”

e é descrito como “socorro” e “fortaleza” em tempos de tribulação (Sl 46:1). Observa-se

a harmonia cósmica entre o Deus da criação e a natureza, com Deus controlando os

elementos, assim como Jesus fez no mar (Mt 8:27);

? O Salmo é ecoado na visão profética da última batalha da história humana, conforme a

descrição de Daniel 11:45 e Apocalipse 16:16;

? O Salmo 46 é um Salmo apocalíptico. Este é um Salmo não apenas poético, senão

também profético. Ele não foi escrito para as gerações passadas somente, mas de um

modo muito especial é endereçado à geração do tempo do fim, à Igreja que precede à

Volta de Jesus Cristo. O teor apocalíptico, as figuras, as imagens, o simbolismo e os

acontecimentos aqui descritos testificam que esta é uma mensagem especial de Deus para

a Igreja de Laodiceia, que presenciará os mais dramáticos momentos da História

terrestre. Somos informados em Apocalipse (Ap 6:14) que todos os montes e ilhas serão

movidos dos seus lugares, (Ap 16:20), isso ocorrerá sob a 7ª praga, quando as ilhas

fogem e os montes não são achados. Pouco antes da Volta de Jesus Cristo, os montes

serão abalados “no seio dos mares”, as montanhas serão removidas da Terra e

transportados para dentro dos mares; e os mares por sua vez hão de avançar para dentro

das grandes cidades marítimas, destruindo completamente essas selvas de pedra que se

tornaram símbolos da corrupção.

“Não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem” (Sl 46:2).

? Talvez as montanhas sejam o maior símbolo de solidez encontrado na natureza. Elas são

fortalezas naturais, resistem a quase tudo, são perenes, parecem eternas. Conforme esse

Salmo, quando o que parece imutável se mover, o cristão não precisa ficar com medo

porque Deus é seu verdadeiro socorro;

? Todos nós temos refúgios neste mundo, lugares e situações em que nos sentimos seguros:

emprego, família, conta bancária, fama, diploma, status, relacionamentos. Mas cada

refúgio humano, eventualmente, pode falhar;

? Nossa segurança está unicamente em Deus.

Esperança em meio à turbulência

“Ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam. Há um

rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus” (Sl 46:3 e 4).

? O Salmo 46 tem fortalecido os cristãos em meio a duras provações;

? Esse Salmo é chamado de: “Salmo de Lutero”, porque o grande reformador se inspirou

em suas palavras para compor “Castelo Forte” (HA, n o 33), o hino tema da Reforma

Protestante;

? Diz-se de John Wesley que, antes de morrer, durante toda a noite ele repetiu o versículo

7 do Salmo 46: “O Senhor dos Exércitos está conosco! Nosso refúgio é o Deus de Jacó!”;

? Os israelitas cantaram este Salmo quando, no tempo de Josafá, Deus os conduziu numa

vitória retumbante sobre os moabitas e amonitas (PP, 134);

? Ellen White ainda afirma que esse Salmo será cantado pelos remidos no último

livramento antes da volta de Jesus. Ela diz sobre o povo de Deus: “Seu rosto, pouco antes

tão pálido, ansioso e descomposto, resplandece agora de admiração, fé e amor. Sua voz

ergue-se em cântico triunfal: ‘Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente

na angústia” (GC, 639).

Esse Salmo tem 3 estrofes:

o Na 1ª estrofe, Deus é;

o Na 2ª estrofe, Deus está;

o Na 3ª estrofe, Deus faz.

Cada uma das 3 estrofes repete a declaração: “Deus é o nosso refúgio” (Sl 46:1, 7 e 11).

O Salmo 46 apresenta as dificuldades que a vida cristã pode enfrentar, pois menciona

“tribulações” (Sl 46:1), abalo dos “montes” e fúria das águas (Sl 46:2, 3), bramido das nações

(Sl 46:6) e guerras em todo o mundo (Sl 46:9). Em cada caso, há o cuidado e a proteção de

Deus (Sl 46:1, 5, 7, 10). O Apocalipse segue uma ideia similar. No início do livro, João fala

de “tribulação” (Ap 1:9). Logo, as cartas também destacam esse tema (Ap 2:3, 9, 13). Os

santos não pedem vingança e juízo sem motivo (Ap 6:9, 10). O louvor dado a Deus pela

queda de Babilônia também destaca as dificuldades que os servos fiéis enfrentam (Ap 19:1,

2). Contudo, o Cordeiro vence e com Ele os eleitos e fiéis (Ap 17:14). Por fim, Ele habitará

com Seu povo e protegerá a cada um (Ap 21:3).

“Certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é

necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim” (Mt 24:6).

? O cenário para os fiéis no tempo do fim só vai piorando com o tempo;

? Em Mateus 24:9 é mencionado o ódio das nações contra os crentes, enquanto

Apocalipse 11:18 se refere à fúria das nações. Em Mateus 24:12, Jesus afirma que a

maldade se multiplicará. Em Apocalipse 16:9 e 11 observa-se que mesmo as pragas não

são capazes de quebrantar o coração, tamanha a maldade (Mt 24:31 e Ap 14:14-16);

? Conforme apresentado em Daniel 7, os ventos de conflito e guerra sopram no mar dos

povos, o que produz um reino após o outro, mas nenhum deles é capaz de resolver os

problemas reais que afligem a raça humana. Nenhum dos reinos apresentados em Daniel

2 e 7, é uma fortaleza para o povo de Deus.

Nossa única segurança é saber e confiar no que é repetido 3 vezes nesse Salmo: “Deus está

conosco”. Essa é a razão da nossa esperança.

Debaixo de seus pés

“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo. Pois o Senhor Altíssimo

é tremendo, é o grande rei de toda a terra” (Sl 47:1 a 4).

? O Salmo 47 dá continuidade à esperança celebrada no Salmo 46. O mesmo autor levítico

dos filhos de Corá entoa um cântico de vitória ao Deus de Sião. O Deus do templo

está agora assentado em Seu trono, que é Sião. Com a vitória completa sobre o inimigo

finalmente alcançada, Deus é aclamado Rei;

? Esse Salmo faz parte dos chamados “Salmos reais” ou “Salmos de entronização”,

caracterizados pelo louvor a Deus como Rei (Sl 93; 96–99). É interessante observar que

o Salmo 47 passou a ser incluído na liturgia judaica de Rosh Hashaná, o primeiro dia do

mês de Tishri no calendário judaico. O toque da trombeta mencionado em Salmo 47:5

serve de base para o som do shofar nesse dia, celebrando a esperança de que um dia

Deus reinará sobre todas as nações. Além disso, as nações que agora louvam a Deus são

as mesmas que foram derrotadas na guerra (Sl 47:3);

? O livro do Apocalipse menciona um fenômeno semelhante ao falar sobre a “cura das

nações” no contexto da Nova Jerusalém (Ap 22:2). No antigo Israel, a palavra “nações”

(goyim) se referia aos inimigos de Israel. No entanto, neste novo contexto, essas nações

não são mais vistas como adversárias, mas como parte do povo de Deus. O evento do

Êxodo é usado como um modelo para sugerir, espiritualmente, a conquista da nova

Canaã. As expressões paralelas “herança” e “a excelência de Jacó” (Sl 47:4) referem-se à

conquista da terra prometida, que incluía as nações vizinhas que haviam sido

conquistadas (ver Dt 32:8).

“Ele nos submeteu os povos e pôs sob os nossos pés as nações” (Sl 47:1 a 4).

? A expressão “estar sob seus pés” na Bíblia tem um profundo significado teológico e

simbólico. Ela aparece várias vezes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e

carrega principalmente a ideia de domínio, autoridade e subjugação:

o Josué 10:24 – “Chegai, ponde os vossos pés sobre os pescoços destes reis”;

o Salmo 110:1 – “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até

que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés”;

o 1º Coríntios 15:25-27 – “Porque convém que ele reine até que haja posto todos

os inimigos debaixo de seus pés”.

Quando a Bíblia diz que todas as coisas estão sob os pés de Cristo, ela afirma que nada

escapa ao seu governo:

o 1ª Coríntios 15:25 – “Porque convém que ele reine até que haja posto todos os

inimigos debaixo dos pés”;

o Efésios 1:22 – “E sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés”.

O Salmo 47 termina com a visão escatológica de Israel e de todas as nações do mundo, que

reconhecem a soberania de Deus.

Vinho e sangue

“Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta” (Sl 75:1-10).

? O Senhor é Juiz pelo fato de que é Rei;

? No antigo Israel, o monarca pronunciava o veredito em julgamentos e questões judiciais.

Alguns exemplos disso são Davi (2º Sm 14:1-23) e Salomão (1º Rs 3:16-28). Assim, a

ideia de um rei-juiz era uma noção familiar para as pessoas daquela época. Quando os

israelitas ouviam os salmistas cantarem suas melodias acerca do Senhor como Juiz, eles

prontamente compreendiam o conceito;

? O Salmo 75 declara que Deus, nosso Juiz, julgará “com retidão” (Sl 75:2). Por isso, não

precisamos temer Sua obra como Juiz, a menos que estejamos do lado do mal. “Porque

vem, vem julgar a Terra; julgará o mundo com justiça” (Sl 96:13);

? O propósito do juízo de Deus é humilhar “um” e exaltar “outro” (Sl 75:7): humilhar os

ímpios (Sl 75:4, 5) e exaltar os fiéis (Sl 75:1, 2, 7). Esse mesmo princípio está em ação

no juízo investigativo de Daniel 7 onde Deus pune o chifre pequeno (Dn 7:26) e vindica

Seu povo (Dn 7:22);

? Os fiéis celebram o juízo de Deus (Sl 75:9), não porque se alegram com a destruição dos

ímpios, mas porque Deus é fiel às Suas promessas e livra os inocentes (Ap 19:2).

Encontramos, no fim do Salmo 75, essa ideia de fidelidade e livramento divino:

“Abaterei as forças dos ímpios; mas a força dos justos será exaltada” (Sl 75:10).

Deus tem o controle completo sobre o curso da história e sabe quem deverá beber do cálice

amargo da Sua justiça até a última gota (Sl 75:8). A punição dos perversos é um ato de Deus,

sendo comparada a “um cálice cujo vinho espuma, cheio de mistura”, reservado para “todos

os ímpios da Terra” (Sl 75: ??. No Apocalipse, o juízo punitivo também é retratado como

vindo em um “cálice” que contém a ira de Deus (Ap 14:10; 15:1; 16:1, 19). O juízo de Deus é

um ato único, porém com efeitos diferentes em justos e ímpios, como escreveu o salmista:

“Deus é o Juiz: a um abate, a outro exalta” (Sl 75:7). Nesse juízo, os justos são

absolvidos/salvos, e os ímpios são condenados/destruídos. Por isso, nada temos a temer no

juízo, desde que estejamos salvos pela graça de Deus (Rm 8:10). Mesmo que pareça que tudo

esteja desmoronando, Deus está mantendo as coisas firmes e estáveis (Sl 75:3). Devido a

estas sublimes e elevadas verdades reveladas, os arrogantes e os ímpios são advertidos nos

versículos 4 e 5; neles, o salmista repreende a atitude orgulhosa e a postura insolente;

chamando aos prepotentes à humildade diante da autoridade do Deus verdadeiro.

O Salmo 75 possui 3 imagens que representam os atos de juízo de Deus:

? A 1ª é a imagem da terra tremendo, desmoronando e perdendo todos os seus

fundamentos (Sl 75:3). O Salmo parece descrever um mundo contemporâneo, repleto de

caos e desordem, onde a estabilidade e as colunas morais foram abaladas. Deus, como

Juiz, assegura ao Seu povo que restaurará a estabilidade dessas “colunas” (Sl 75:3);

? A 2ª imagem é a do cálice cheio de vinho muito forte que Deus derrama sobre os ímpios,

os quais bebem esse vinho completamente (Sl 75:8). De maneira similar, o livro do

Apocalipse frequentemente se refere ao cálice da ira de Deus (Ap 14:10; 16:19; 18:6);

? A 3ª imagem é a dos chifres (Sl 75:10), que são um símbolo de poder e dignidade (Nm

23:22, Dn 7:8).

Em cada estágio, o juízo de Deus promove justiça na comunidade corrompida.

Deus “derruba” o ímpio orgulhoso que “ergue” seu chifre e exalta o justo cujo chifre havia

sido abatido (Sl 75:5, 10). O Juiz divino, então, restaura a ordem que foi perturbada pelos

poderes do mal. Em Apocalipse 14 o anjo fala sobre o mesmo juízo duplo. De um lado, o

anjo avisa que aqueles que adoram a besta, simbolizando a igreja enganosa, “beberão

do vinho da ira de Deus” (Ap 14:10). Por outro lado, aqueles que adoram o Senhor da criação

são descritos como os: “santos [...] que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” e

que descansarão “das suas fadigas” (Ap 14:12, 13).

Para que se conheça a Tua salvação

“Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; para

que se conheça na terra o teu camino e, em todas as nações, a tua salvação. Louvem-te os

povos, ó Deus; louvem-te os povos todos” (Sl 67).

? O Salmo 67 é uma oração expressa através dos verbos jussivos (imperativos suaves) que

indicam o desejo do suplicante: “para que se conheça na Terra o Teu caminho” (Sl 67:2).

Essa súplica por bênção reflete a bênção Aarônica: “Seja Deus gracioso para conosco, e

nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o Seu rosto” (Sl 67:1; Nm 6:23-26). Embora

o orador não seja especificamente nomeado, a referência ao músico-chefe e a menção da

bênção sacerdotal sugerem que é um sacerdote conduzindo a congregação. O que torna

essa oração notável é seu alcance universal;

? O Salmo começa com um pedido de bênção para o povo: “sobre nós” (Sl 67:1) e, em

seguida, expressa o desejo de que o caminho de Deus seja conhecido “na Terra” e, “em

todas as nações, a Tua salvação” (Sl 67:2), expandindo-se para todas as nações

convertidas. O Salmo antecipa o cumprimento escatológico, quando todas as nações,

e não apenas Israel, receberão a bênção de Deus. Essa oração se realizará plenamente na

“Nova Jerusalém”, onde não haverá necessidade de sol nem de lua para iluminar a cidade

(Ap 21:23);

? Esse é um Salmo missionário, pois o povo de Deus almeja ver todas as nações

participando das mesmas bênçãos;

? O Salmo 67 é também um chamado à obra missionária. Deus colocou sobre a igreja a

responsabilidade de levar o conhecimento da salvação a todas as nações;

? Esse Salmo fala do cumprimento da Grande Comissão (Mt 28: 18-20), quando Jesus

ordenou que o evangelho fosse levado a todas as nações. Conte-se entre a grande

multidão de fiéis em todo o mundo que conhece o Salvador; louve-o por suas boas

novas; e compartilhe esse evangelho para que a colheita seja abundante;

? O desejo dos fiéis é duplo:

1) que as bênçãos de Deus sejam tão abundantes que o povo seja inspirado ao louvor, e

2) que as nações realmente acrescentem os seus louvores aos de Israel – uma expressão

apropriada neste apogeu da liturgia da adoração;

? O Salmo termina com a mesma expressão de anseio pela bênção divina do início. Por

meio de Israel, o mundo todo seria abençoado. Ao reconhecer o Deus de Israel como o

Deus de todas as nações, o mundo compartilharia as bênçãos divinas sobre Israel. Uma

análise completa deste Salmo só é possível mediante estudo do propósito eterno de Deus

ao ter a Israel como Seu povo escolhido;

? Nesse Salmo 67 vemos uma relação com o Apocalipse (Ap 14:6 a 12) que contém o

último convite de Deus para a humanidade. O povo remanescente é o responsável por

transmiti-la ao mundo, antes da volta de Jesus, cumprindo o chamado de Deus para Israel

(Sl 67:1, 2). As 3 mensagens angélicas ocorrem dentro de um contexto no tempo do fim:

o Elas são pregadas no tempo de atuação da “besta que emerge da terra”. Os

contrastes entre a mensagem deles e da besta sugerem isso. Se a besta faz com

que todos adorem a 1ª besta (Ap 13:12), os 3 anjos chamam toda a Terra para

adorar a Deus (Ap 14:7). Se há uma consequência por não adorar a besta e sua

imagem (Ap 13:15), há também uma consequência para aqueles que a adoram

(Ap 14:9-11);

o Elas começam a ser pregadas no início do tempo de juízo, próximo da década de

1840 (Ap 14:7);

o Elas são dadas antes do fechamento da porta da graça (Ap 15:5-8);

o Os mensageiros a entregam antes da queda das 7 pragas (Ap 16:2). E, claro, antes

da volta de Jesus (Ap 14:14-20; 19:11-21).

Essa pregação cumpre o plano de Deus para Israel, especialmente para Seu remanescente,

conforme Isaías 66:19. Trata-se de um propósito que Deus sempre desejou realizar (Sl 67:2;

Is 56:7) e que ocorrerá sob o poder Dele (Ap 18:1-4).

Conclusão:

Os Salmos destacados no estudo desta semana nos apresentaram:

1- Deus como “nosso refúgio”, que nos conforta e tranquiliza, aproximando-se de nós

como Aquele que trará “socorro em” tempos de “tribulações” (Sl 46:1);

2- Deus como “nosso Rei [...] o Rei de toda a Terra” (Sl 47:6, 7);

3- Deus como “Juiz”, Juiz que trará justiça ao mundo e restaurará a ordem correta (Sl

75:7, 10);

4- Deus cheio de bênçãos misericordiosas, para todos que o aceitarem (Sl 67:7).

Louvo a Deus pelas maravilhosas lições que podemos aprender de Sua Palavra e é por isso

que sou apaixonado pela Escola Sabatina! #LESAdv